“Cistite de Anitta”. Não se fala de outra coisa depois que a cantora Anitta revelou sofrer de cistite de lua de mel após ter relações sexuais com homens bem-dotados. O assunto despertou a curiosidade de todos. Primeiro é preciso explicar que cistite é uma inflamação da bexiga que pode se transformar em infecção urinária – e abrange todo o trato urinário.
“A infecção urinária é muito comum nas mulheres. Ter uma vez por ano é considerado mais ou menos normal. A gente não precisa nem investigar. Faz um exame, passa um tratamento e acabou. Mas aquelas pacientes que têm duas infecções ou mais em seis meses ou três ou mais em um ano, aí a gente tem que fazer investigação e tentar achar a causa”, explica o urologista José Alexandre Araújo, que tem entre suas especialidades o tratamento de mulheres.
“A prevenção nada mais é do que evitar o que causa a infecção. Melhorar a atrofia vaginal, melhorar a diminuição do introito vaginal (que a gente trata com dilatadores vaginais). Algumas vezes o introito vaginal é muito pequeno comparado com o tamanho do pênis do parceiro, o atrito é muito maior na uretra então pode levar a uma uretrite e cistite” explica José Alexandre.
As causas podem ser muitas. Via sexual (como Anitta diz ter), constipação crônica, com mulheres mais idosas que tem atrofia vaginal e as mais idosas ainda, que têm uma bexiga enfraquecida, que não consegue expelir toda a urina. “Essa retenção de urina vira uma “sopa” de bactérias e consequentemente acaba levando a um crescimento bacteriano por infecção de repetição”, explica o médico.
Os sintomas: aumento de frequência; sangramento, dor ao urinar, dor no “pé” da barriga. “Febre geralmente não tem e, quando tem febre ou lombalgia, a infecção já saiu da bexiga e passou para o rim e aí a infecção já é renal, uma pielonefrite, um caso mais grave, e aí sim o paciente tem que ir ao hospital para fazer uma investigação mais rápida desse paciente.
O tratamento é com antibióticos quando se constata a infecção e depois, nas infecções de repetição, tentar achar o ponto principal. “É muito importante o aumento da ingestão de água, tratar a constipação nas pacientes idosas e evitar o resíduo de urina que fica depois que a paciente vai ao banheiro urinar”, finaliza o médico.
Redação Vida & Tal