A vacinação é um dos métodos de combate a doenças que mais salva vidas em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que a cada ano, sejam evitadas dois a três milhões de mortes por doenças preveníveis, graças às vacinas. Para ajudar a entender como a vacina combate de forma efetiva as doenças, o Instituto Butantan publicou um texto explicando como o sistema imunológico trabalha quando um agente invasor entra em contato pela primeira vez com o organismo.
De acordo com a publicação, “o sistema imunológico começa a produzir anticorpos para combater especificamente aquela infecção. Esse processo, porém, pode levar até duas semanas, e, nesse meio tempo, podemos ficar doentes”. Isso porque a vacina tem o papel de antecipar uma possível invasão, logo, induz o sistema imunológico a reconhecer o vírus ou bactéria apresentando-o ao organismo em uma forma mais branda, que não faz mal à saúde.
“A vacina treina nosso corpo para que ele seja capaz de reconhecer o patógeno no futuro e já saiba como criar anticorpos para combatê-lo, porém sem ficarmos doentes”, diz.
Mas como funcionam os anticorpos
Anticorpo humoral – é aquele produzido após tomarmos uma vacina ou quando um antígeno entra em contato conosco. Após um tempo, esses anticorpos tendem a diminuir em nosso corpo, pois não estão recebendo alertas sobre a doença que foram treinados para combater. Isso não quer dizer que não estejamos imunizados – e é aí que a célula de memória entra em cena.
Anticorpo celular de memória – nosso corpo tem a capacidade de lembrar de todos os patógenos com quem já entrou em contato por causa da célula de memória. É por isso que, em muitos casos, ficamos protegidos independentemente de quanto tempo faz que recebemos a vacina ou pegamos a doença. Se houver a entrada do vírus ou da bactéria no corpo, a célula de memória será ativada e acionará o sistema imunológico, que vai começar a produção de anticorpos.
“Os anticorpos são como soldados que combatem doenças específicas. Só que para saber combater aquela doença, eles demoram um tempo para aprender. Esse intervalo vai depender do tipo de patógeno e de cada organismo. Depois que adquirem aquele conhecimento, os soldados estão prontos para nos proteger toda vez que entrarmos em contato com o vírus ou bactéria em questão”, finaliza a publicação.
Redação Vida & Tal
Fonte: Instituto Butantan