O Natal é mesmo uma festa mágica. Além da magia das luzes, guirlandas, pinheiros enfeitados, a presença do presépio e do bom velhinho, Papai Noel, o mundo vermelho e verde também se estende à sua típica gastronomia, que costuma vir acompanhada de belas mesas decoradas.
Velas, castiçais, amêndoas, castanhas, queijo do reino, farofa, peru, pernil e elas, não menos importantes, as frutas para ajudar a embelezar e nutrir a ceia natalina. Com tons um tanto quanto “sofisticados”, a uva junto à ameixa fresca, o damasco e o figo, são os personagens principais da cesta de frutas no Natal.
Para ajudar a decidir se vale a pena investir nessas iguarias, o Vida & Tal traz informações sobre os principais benefícios nutricionais de cada uma delas, incluindo a romã para garantir a sorte na passagem do ano.
Ameixa fresca – com uma variedade enorme em todo o mundo, pertence a família da amêndoa amarela, nêspera, pêssego, pera, maçã, damasco, morango e framboesa. A ameixa japonesa ou rubimel, com casca vermelha e caroço quase liso, é carnosa, suculenta e mais doce quando madura. Rica fonte de niacina, fibras, vitamina C e mineral potássio, é uma ótima aliada na prevenção e combate à prisão de ventre. Devido à presença de compostos bioativos como flavonóides e fenólicos, seu consumo também ajuda na luta contra a síndrome metabólica. É ainda fonte de cálcio, beta-caroteno e ferro. 100 gramas de ameixa fresca possuem apenas 47 calorias.
Damasco – estima-se que existam mais de 50 espécies diferentes do damasco pelo mundo. Contém ferro, magnésio, potássio, fósforo, vitaminas A, C, K,B3, B9 e B5 e outros nutrientes. Em seu estado seco possui alta concentração de nutrientes, fibras e ferro, mas é mais calórico (240 calorias/100g). Já o fruto fresco apresenta apenas 50 calorias por 100g e maior presença de vitamina C. Porém outras substâncias, como betacaroteno, licopeno e pectina, são mais bem aproveitados pelo organismo quando o damasco (fresco ou seco) é cozido.
Figo – excelente antioxidante que além de fazer bem para a pele, também ajuda a combater os radicais livres que se formam no organismo, ajuda a melhorar o trato intestinal e ainda oferece vitaminas do complexo B, fibras e minerais como cálcio, ferro, fósforo, magnésio, sódio e potássio. 100 gramas do fruto fresco trazem 74 calorias. Já o seco ou desidratado, oferece 250 calorias por 100 gramas. É possível consumir o figo maduro cru, ou verde em compotas, para enriquecer saladas de folhas verdes, assadas para serem servidas com carnes, em forma de purê ou geleia e/ou desidratadas.
Uva – fonte de vitamina C, auxilia no bom funcionamento do sistema imunológico e defesas do organismo. Oferece carotenoides, vitaminas do complexo B, D, E e K e propriedades como catequinas e flavonoides que mantêm o bom funcionamento da célula e tem ação antioxidante e anti inflamatória, o que acaba por prevenir o envelhecimento celular. Além desses benefícios, a casca da fruta, especialmente a de cor escura, concentra uma substância conhecida como resveratrol. Responsável por proteger a fruta contra o ataque de fungos, esse fitonutriente age de maneira semelhante no organismo, promovendo uma ação cardioprotetora e auxiliando o controle do colesterol. 100 gramas da fruta podem apresentar em média 70 calorias.
Romã – a casca da “fruta do ano novo” apresenta valor de 95% superior de compostos fenólicos, que são os principais responsáveis pela atividade antioxidante em relação à polpa. De acordo com uma pesquisa apresentada pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), o extrato da casca é capaz de inibir a enzima acetilcolinesterase, e essa inibição é a ação de medicamentos utilizados para a doença de Alzheimer. A romã é comumente utilizada no combate às infecções de garganta, graças às propriedades anti-flamatórias presentes tanto na casca quanto nas sementes. 100 gramas da fruta contêm 83 calorias.
Redação Vida & Tal
Fontes: CEAGESP, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO), Sociedade Nacional de Agricultura, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) e Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen).