Certamente você já ouviu falar sobre a Doença de Lyme, pois o termo se popularizou com o cantor pop Justin Bieber, em 2020, ao confirmar que havia sido diagnosticado com a enfermidade. Mas você sabe qual a origem, os sintomas e as formas de prevenção?
Para ajudar a entender e se prevenir contra a enfermidade infecciosa transmitida por carrapatos de várias espécies, que podem causar lesões na pele, no sistema nervoso central e periférico e no coração, além de dores articulares, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) compartilhou uma publicação assinada pelo médico Izaías Pereira da Costa, professor titular da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), a reumatologia pediatra de Ribeirão Preto, Gecilmara Salviato Pileggi, Coordenadora da Comissão de Doenças Endêmicas e Infecciosas e professora da Faculdade de Ciências de Saúde de Barretos (FACISB).
De acordo com os especialistas, no Brasil, temos diagnosticado as mesmas manifestações clínicas, após picada de carrapatos, desde 1992. Essa variante brasileira é denominada de Doença de Lyme símile brasileira ou síndrome de Baggio-Yoshinari. Os sintomas do Lyme símile brasileira tendem a ser recorrentes, mesmo após tratamento adequado e mais prolongado, com grande frequência de cronificação e risco de desenvolvimento de sintomas reacionais como a síndrome da fadiga crônica ou encefalomielite miálgica e doenças autoimunes/alérgicas.
Os carrapatos no Brasil não pertencem ao complexo Ixodes ricinus, como encontrado nos Estados Unidos. Aqui, os carrapatos dos gêneros Amblyomma cajenenses, Rhipicephalus sanguineus, Ripichephalus microplus, Dermacentor nitens são vetores que infestam tanto animais domésticos como silvestres.
Uma parte da população que foi infectada, fica curada após o tratamento adequado nas fases precoces da doença. Em pacientes que tiveram múltiplos contatos com carrapatos ou longo tempo de permanência desse aracnídeo no corpo, o quadro pode se agravar e deixar sequelas irreversíveis. Esses paciente também têm de fazer uso de antibióticos constante para evitar episódios de recorrência.
Redação Vida & Tal
Fonte: Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).