A Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu a data de 24 de junho como o Dia Mundial de Prevenção de Quedas. No Brasil, a data também está incluída no Calendário do Ministério da Saúde. Mas qualquer dia é dia de alertar sobre os riscos de quedas em qualquer idade. Como os idosos são mais vulneráveis ao problema, damos atenção especial a esta faixa etária e focamos o alerta nessa data.
Vários são os fatores relacionados às quedas, especialmente entre os idosos. Entre eles estão: o sedentarismo e a diminuição da massa muscular. Quando as pessoas diminuem a atividade física, ou até tornam-se completamente sedentárias, isso influi na ocorrência de sarcopenia, que é a perda progressiva de massa muscular. Para os idosos, isso é ainda mais prejudicial. Há também o risco para aqueles que usam muitos medicamentos, estão mais sujeitos às tonturas e quedas. Principalmente nos casos dos medicamentos que geram a sonolência, vertigem e outros efeitos adversos.
Afora isto, há doenças como pressão alta, diabetes, doenças das articulações e dos ossos, e condições neurológicas que podem predispor à sarcopenia e diminuição da força dos músculos. As casas ou outras instituições frequentadas pela pessoa idosa que não estão adaptadas para a prevenção de quedas também trazem riscos. Alguns exemplos são o uso de tapetes e de móveis que prejudicam a circulação. O uso de calçados inadequados, como chinelos e mangas largas que possam se enroscar em maçanetas e quinas são importantes tanto dentro de casa como em ambientes externos.
É fundamental lembrar que idosos precisam de constante supervisão. Especialmente em passeios e saídas de casa, as calçadas irregulares ou quebradas, buracos nas ruas, uso de bebidas alcoólicas e realização de tarefas além da capacidade física da pessoa contribuem para o aumento do risco de quedas.
É possível avaliar o risco de quedas?
O mais importante é a avaliação médica permanente, que vai ajudar no monitoramento do estado de saúde dos pacientes. E, dependendo de cada caso, o médico tem à sua disposição exames de análises clínicas (realizados nos materiais biológicos, como sangue, urina etc.), assim como exames de imagem.
No sangue, o hemograma pode avaliar se existe anemia; a glicose e a hemoglobina glicada podem diagnosticar diabetes; a creatinina permite calcular a estimativa da filtração glomerular e a função renal. E existem vários outros exames para avaliação dos órgãos e sistemas do organismo. Entre eles ressonância, Pet-CT e tomografia.
Nos idosos e outros grupos de risco, a densitometria óssea pode avaliar se há osteoporose. São pacientes nos quais uma queda leva a maior risco de que ocorra uma fratura. Outros exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser indicados em casos específicos no auxílio diagnóstico.
Vários testes específicos e exames de imagem são capazes de dar suporte ao médico assistente na avaliação cardiológica. Esses vão desde um eletrocardiograma aos exames extremamente sofisticados. Os pacientes com suspeita de doenças neurológicas, como doença de Alzheimer, doença de Parkinson e várias doenças que alteram os movimentos, por exemplo, há exames específicos, inclusive genéticos, que podem auxiliar o médico na orientação ao paciente.
Mas o que fazer para evitar as quedas?
Algumas mudanças no estilo de vida auxiliam nesta questão:
– Manter eventuais doenças controladas com medicamentos e hábitos de alimentação e atividade física saudáveis. Só usar medicamentos prescritos pelo médico. Sempre o consulte, em caso de dúvidas, sobre que atividades se pode praticar.
– Cuidar para que os ambientes que você frequenta estejam adequados para a sua circulação com segurança.
– Ao sair, procurar estar atento ao caminho que percorre e não hesite em solicitar ajuda para se movimentar sempre que necessário.
Em tempos de pandemia e com a chegada do inverno e das gripes, é crucial olhar também para a saúde de modo mais amplo e integral, além de atualizar a caderneta de vacinação. Laboratórios privados, como o Bronstein, além de Lâmina e Sérgio Franco, oferecem a vacinação em casa, geralmente agendada e sem custo adicional pela ida do profissional até a residência. Postos de saúde oferecem vacinas como a da Covid-19, que precisa estar em dia.
Afeto e atenção somam na hora de preservar a qualidade de vida, a saúde física e psicológica dos nossos idosos. Uma boa conversa e pausa no cotidiano corrido da família para oferecer atenção e um bate papo, ajudam muito na manutenção do bem-estar. Quem sabe com um revezamento entre os familiares para uma atenção mais especial e afetuosa.
Redação Vida & Tal