A acroyoga ganhou destaque nas redes sociais e na mídia após a esposa do craque argentino Lionel Messi, Antonela Rocuzzo, postar uma foto. A prática com referências milenares, pouco conhecida no Brasil, combina diferentes áreas: ioga, acrobacia e massagem tailandesa. Uma proposta inovadora que funde a intensidade da atividade física com a calma do ioga, resultando em bem-estar integral, pessoal e com o meio ambiente. Como se não bastasse, também alivia o estresse.
No Brasil, Mara Gabrilli, senadora por São Paulo, tetraplégica desde os 26 anos, pratica acroyoga há 4 anos. Paralisada do pescoço para baixo, os exercícios e posturas são essenciais para manter seu corpo em movimento, estimular os músculos e trazer bem-estar. São inúmeras as opções e tipos de movimentos que podem ser feitos mesmo por quem tem limitações físicas, como Mara.
Os movimentos mais conhecidos são os voos, onde um dos integrantes da equipe permanece deitado no chão e atua como base, com as pernas a 90 graus. O segundo membro, chamado de “volador”, está localizado nos pés e nas mãos de seu parceiro e permanece ativo e rígido como uma prancha.
Também há posturas mais simples e fáceis, que não requerem ficar no ar, mas também exigem concentração e foco.
Bruno Garroti é instrutor de acroyoga da senadora há 2 anos. Mara conheceu a acroyoga e iniciou a prática em Brasília com uma instrutora formada na França, e se apaixonou.
“Um vôo de acroyoga muda minhas possibilidades internas. Me faz sentir uma pessoa cheia de possibilidades, sinto que tudo é possível. Com alongamentos e flexibilidades sinto que posso enxergar mais longe, expandir minha capacidade de olhar o horizonte”, diz Mara.
“A acroyoga permite ao meu corpo vencer as limitações que a tetraplegia impõe. Abre espaços no meu corpo, abre espaço no meu coração para novos movimentos. E o cérebro responde a essas novas irrigações. Expande a capacidade de amar, acreditar, confiar no meu parceiro, confiar nos meus próprios movimentos”, avalia ela.
A atividade é considerada de baixo impacto pois envolve movimentos e posturas de manutenção do equilíbrio, força e concentração, e não possui contraindicações.
Origem da prática
A acroyoga surgiu em 2003 em São Francisco, nos Estados Unidos. Jason Nemer e Jenny Sauer Klein viram algo que até então ninguém havia percebido na combinação de movimentos. Resolveram observar o que acontecia quando uma pessoa pisava nos pés da outra. Assim desenvolviam empatia, confiança e interação entre os praticantes.
O que começou como brincadeira virou febre e, em 2006, expandiram a prática e difundiram as posturas.
Redação Vida & Tal