Símbolo maior do empoderamento feminino, de sedução no imaginário masculino e objeto de desejo da meninada, o salto alto sempre foi é e continuará sendo sinônimo de elegância e autoconfiança. Não é por acaso que o Louboutin, o clássico salto alto de bico fino em verniz preto e solado vermelho, continua a fazer a cabeça da mulherada no mundo todo, desde aos anos 90.
Mas nem tudo é tão simples, lindo e indolor como nos filmes de Hollywood. Se por um lado, os saltos representam feminilidade, poder e elegância, por outro pode representar uma grande ameaça a saúde. Um artigo apresentado no Congresso de Pesquisa e Extensão da Faculdade da Serra Gaúcha, sobre os efeitos do uso de salto alto nas alterações osteomusculares, revela que mulheres que usam salto alto com frequência, apresentam a cadeia muscular posterior encurtada.
Ainda de acordo com a publicação, por 80% das mulheres avaliadas e adeptas do salto, admitiram sentir dores moderadas. A maioria relatou a presença de dor na região posterior das pernas e nos pés ao fim do dia, após a retirada do calçado. Outra queixa foi sobre a dificuldade em utilizar calçados sem salto, a exemplo das sandálias, sapatilhas e chinelos, pois sentem a dor do alongamento da musculatura, graças ao encurtamento. O resultado é que 70% das voluntárias apresentaram a cadeia muscular posterior encurtada, o que pode ocasionar outros problemas em membros como coluna lombar, dorsal e cervical.
Um outro alerta é sobre a relação entre o uso do salto e o aumento de vasos e varizes das pernas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular – Regional Rio de Janeiro (SbacvRJ), não há estudos científicos que comprovem o salto alto como causador de varizes.
Porém o uso diário de salto alto por um tempo prolongado poderá dificultar o bombeamento do sangue nas pernas, facilitando o surgimento de sintomas como dor e queimação nas pernas. Por essa razão, é importante alongar as panturrilhas antes e depois de usar salto e variar com saltos mais baixos durante a semana. Ainda de acordo com a SbacvRJ, também não é recomendado utilizar sapatos sem salto como chinelos ou sandálias rasteirinhas para caminhar, além de prejudicar a circulação também faz mal para a coluna.
Redação Vida & Tal
Fonte: FSG e SbacvRJ