A Fundação do Câncer acaba de divulgar os vencedores das três categorias do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer – edição 2022. O anúncio foi feito durante a abertura do 10º Simpósio Internacional Oncoclínicas e Dana-Farber Cancer Institute, em cerimônia transmitida on-line.
A ganhadora na categoria “Iniciativas para o Controle do Câncer”, Luiza Abdo, agradeceu a organização do Prêmio Marcos Moraes, e afirmou que essas iniciativas incentivam os pesquisadores brasileiros a seguir fazendo ciência de qualidade e “nos faz sentir recompensados e estimulados para continuarmos lutando por um Brasil mais justo”. Feliz com o primeiro lugar, ela explicou que seu trabalho, principalmente com as conhecidas Car-T, e comemorou os resultados.
“Nossa proposta pode ser uma alternativa viável, de menor custo para essa terapia tão eficaz, que pode gerar um impacto positivo para a população, principalmente em países em desenvolvimento”, finalizou.
Vencedora na categoria “Inovação em Cuidados Paliativos”, Livia Costa, autora do trabalho intitulado “Terapia Nutricional Enteral em pacientes em cuidados paliativos oncológicos: ferramenta para indicação em prol da melhor relação custo benefício em desfechos nutricionais, funcionais e clínicos” explicou um pouco da proposta de seu trabalho. A nutricionista disse que, com o trabalho, espera “contribuir na construção de informações científicas que embasem a uniformização dos protocolos de assistência, com critérios específicos para a recomendação da terapia nutricional enteral que corroborem, para que tenhamos a melhor relação custo benefício no cuidado do paciente em cuidado paliativo oncológico por meio dessa terapia”.
Em seu discurso, ela lembrou ainda do protagonismo exercido pelo Dr. Marcos Moraes no desenvolvimento do cuidado paliativo e agradeceu a oportunidade e iniciativa da Fundação do Câncer. Alex Rodrigues Moura, um dos autores do trabalho “Utilização de geoprocessamento na distribuição espacial de incidência e mortalidade por câncer colorretal em Sergipe e em sua capital”, vencedor na categoria “Inovação em Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer” ressaltou a importância do legado de Marcos Moraes.
“Essa parceria entre a Fundação do Câncer e o Instituto Oncoclínicas perpetua o que o Dr. Marcos Moraes sempre quis e lutou arduamente, que é investir na humanização da Medicina, aproximando os médicos dos pacientes e, desta forma, transformando a sociedade em uma forte aliada nossa”. Segundo ele, os autores foram motivados a produzir o trabalho científico por conta do aumento da procura de pacientes com câncer colorretal no Ambulatório de Coloproctologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe e da piora na qualidade de vida deles. Alex comemorou o primeiro lugar e de acordo com ele, a participação na premiação “permite, enquanto menor estado do país, mostrar a capacidade de realização de trabalhos inovadores, utilizando tecnologia de ponta e podendo gerar em um futuro próximo, um impacto sobre o câncer colorretal”.
O diretor-executivo da Fundação encerrou a cerimônia com um convite aos pesquisadores. “Parabéns novamente aos que participaram. Inscrevam-se no ano que vem, na edição de 2023 do Prêmio Marcos Moraes”, concluiu Maltoni.
Conheça a classificação final de cada categoria:
Iniciativas para o Controle do Câncer
1º lugar: Luiza Abdo, Luciana Rodrigues Carvalho Barros, Mariana Duarte, Luísa Marques, Priscila Souza, Leonardo Chicaybam, Martin Bonamino
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Desenvolvimento da abordagem Point-of-Care para terapia com células CAR-T em LLA
2º lugar: Natalia Inada, Welington Lombardi, Renata Belotto, Cynthia De Castro, Mirian Stringasci, Hilde Buzzá, Cristina Kurachi, Vanderlei Salvador Bagnato
Instituição: Universidade de São Paulo (USP) – São Paulo
Trabalho: Tratando Neoplasias Intraepiteliais Cervicais de Alto Grau (2/3) e diminuindo a carga viral por Terapia Fotodinâmica.
3º lugar: Bruno Lopes, Caroline Poubel, Cristiane Esteves, Mariana Boroni, Mariana Emerenciano
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Novas opções terapêuticas e de diagnóstico para leucemias agudas com rearranjo no gene KMT2A
Inovação em Cuidados Paliativos
1º lugar: Livia Costa Oliveira, Karla Santos da Costa Rosa
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Terapia Nutricional Enteral em pacientes em cuidados paliativos oncológicos: ferramenta para indicação em prol da melhor relação custo / benefício em desfechos nutricionais, funcionais e clínicos
2º lugar: Luciana Stahel-Lage, Lísia Daltro Borges Alves, Ana Carolina dos Santos Menezes, Hélinton Spíndola Antunes
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Perfil epidemiológico de pacientes reabilitados com próteses bucomaxilofaciais em um centro de referência em oncologia brasileiro: um corte transversal
3º lugar: Livia Costa Oliveira, Karla Santos da Costa Rosa, Anke Bergmann, Luiz Claudio Santos Thuler
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: Tendência temporal e fatores associados ao diagnóstico de câncer metastático em pacientes atendidos em centros hospitalares do Brasil ao longo de duas décadas
Inovação em Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer
1º lugar: Mayara Lopes, Alex Rodrigues Moura, Carlos Anselmo Lima
Instituição: Universidade Federal de Sergipe – Sergipe
Trabalho: Utilização de geoprocessamento na distribuição espacial de incidência e mortalidade por câncer colorretal em Sergipe e em sua capital
2º lugar: Francine Fischer-Sgrott, Glauco Baiocchi, Jaqueline Munaretto Baiocchi
Instituição: Universidade do Vale do Itajaí, Fundação Antônio Prudente (FAP), Universidade Federal de São Paulo – Santa Catarina, São Paulo
Trabalho: Fotobiomodulação na radiodermite no câncer de mama
3º lugar: André Szklo, Tania Cavalcante, Neilane Bertoni, Mirian Carvalho de Souza
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) – Rio de Janeiro
Trabalho: “Desnormalização do uso de tabaco em casa”: a contribuição da proibição de fumar em ambientes fechados de trabalho no Brasil
Redação Vida & Tal