Ser mãe é sinônimo de cuidado. Contudo, entre fraldas, amamentação e entrega, o zelo por si mesma acaba ficando em segundo, ou até mesmo em último, na lista de prioridades da mulher. Entre as atividades que deixam de ser praticadas em função da maternidade, os exercícios físicos representam uma das maiores perdas na saúde e no autocuidado durante esse período.
De acordo com um estudo realizado pelo órgão público de incentivo à prática de atividades físicas no Reino Unido, a Sport England, 61% das mulheres se sentem culpadas por irem à academia pois entendem que neste tempo estão negligenciando as responsabilidades para com os filhos. Ainda de acordo com o levantamento, apenas uma em cada cinco entrevistadas (17%) tem um tempo destinado ao exercício; porém 77% admitiram que gostariam de serem mais ativas.
Dani Guelfi conhece bem a pressão e o desafio que é equilibrar a maternidade com o autocuidado. Influenciadora com foco em lifestyle, a paulista de 27 anos encontrou na prática de tênis e exercícios aeróbicos como corrida, uma forma de ter um tempo para ela após o nascimento do filho Arthur, de 1 ano e 8 meses.
“Acredito que isso é muito importante para nós, mães. Uma mãe que come de forma saudável, se exercita e mantém boa relação com outras pessoas vai estar mais realizada e preparada para lidar com as demandas da criança”, garante.
Nas responsabilidades para com o filho, Dani assegura que a prática de exercícios é fundamental para exercer a maternidade.
“Às vezes o simples fato da mãe tirar um tempo pra ela, seja para caminhar, correr ou ir à academia, muda completamente a rotina exaustiva, porém gratificante, de criar um filho. Você consegue se desligar um pouquinho da maternidade para depois voltar com todo gás para ela”, conscientiza.
Dani aborda amplamente essa pauta em suas redes sociais, onde tenta passar para as mulheres que a acompanham que, acima de tudo, uma mãe que tem uma relação de autocuidado com corpo e mente consegue encontrar o equilíbrio entre criar os filhos e se reconhecer como um indivíduo que tem as próprias necessidades, de forma mais gentil.
“Nós, mães, temos dificuldade em entender que existe uma identidade em nós além da materna, e a prática de exercícios físicos traz isso de volta”, garante.
Os filhos também são amplamente contemplados com os benefícios das práticas esportivas.
“Nossos filhos estão nos observando a cada minuto e tendem a se espelhar em nós; podemos dizer que eles são fábricas de imitação. Quando adotamos uma rotina saudável e feliz, a criança também percebe que sair para se exercitar faz bem para a mamãe”, diz a influenciadora.
Tendo a imagem como trabalho, Dani Guelfi também sofreu ataques haters que criticavam duramente o corpo e o peso dela.
“Me chamaram de anoréxica, esqueleto humano, falaram que eu estava doente, dentre outras coisas. É até engraçado, porque lembro de ter recebido uma mensagem uma vez de uma pessoa dizendo que anoréxica não precisa fazer academia, mas eu não me exercito para perder ou ganhar peso, eu exercito para respirar melhor, para minha saúde física e mental”, diz.
De acordo com a criadora de conteúdo, é comum encontrar pessoas que associam a prática de exercícios apenas a uma questão estética, com objetivo de perder peso e ganhar massa magra, e não à saúde.
“Esse é um padrão que procuro quebrar por meio da minha influência. Sempre que volto da academia tenho ganhos além do corpo: minha mente também se beneficia. Eu me sinto renovada, disposta e muito mais autoconfiante para ser a grande mãe que sou”, garante.
