Fobia é um medo exagerado. De acordo com a Sociedade Interamericana de Hipnose (SIAH), para a ciência as fobias representam tipos de distúrbios psicológicos. O paciente sente repulsa, um medo persistente e incontrolável de algo específico ou de determinada situação.
E o que perturba o fóbico é algo totalmente inofensivo para as outras pessoas. Esse pavor pode ter sido causado por um trauma do passado ou ainda não ter uma causa aparente. Estima-se que 20% da população mundial sofra de algum tipo de fobia. Os sintomas físicos podem variar e vão além do desequilíbrio emocional.
Nos casos mais graves, a fobia pode levar uma pessoa ao isolamento social, dependência química, síndrome do pânico, transtornos de ansiedade e depressão. Por isso, é importante saber identificar os diversos tipos de fobias.
10 tipos mais comuns
Claustrofobia – Essa talvez seja a fobia mais conhecida pela população. Ambientes fechados é o principal medo do claustrofóbico. Voar de avião e até entrar em um elevador é uma tarefa quase impossível. Ela incapacita um paciente, até mesmo, de realizar exames como o de ressonância magnética. Sudorese, boca seca e aumento dos batimentos cardíacos são bastante comuns nesse caso.
Agorafobia – Um show, uma palestra ou um simples ônibus lotado pode ser um ambiente insuportável para quem sofre de agorafobia. Nesse caso, a pessoa sente um medo excessivo e irracional de permanecer em um local, seja aberto ou fechado, com uma multidão. Nessas situações, o medo está ligado à incapacidade ou à possibilidade de ser submetido a uma humilhação. Os sintomas típicos são ansiedade, taquicardia e até síndrome do pânico.
Aracnofobia – Uma pequena aranha pode tirar um fóbico de um determinado local em segundos. O medo de ser picado ou simplesmente tocado por uma delas pode levar ao descontrole e a uma crise de pânico. A causa pode estar ligada a um evento traumático ou até mesmo ser hereditária.
Zoofobia – Assim como existe fobia relacionada a aranha, há o medo que envolve todos os animais, de uma maneira geral. Cobras ou até simples cãezinhos podem desenvolver sentimentos insuportáveis e incontroláveis. A zoofobia é mais comum em mulheres do que em homens.
Nictofobia – A maioria das crianças sente medo do escuro. Porém, conforme vão crescendo, esse temor vai deixando de existir, menos para o nictofóbico. Nesse caso, a pessoa sente-se extremamente insegura e amedrontada em locais escuros e de difícil visibilidade. Normalmente, essa fobia está ligada a um evento traumático da infância.
Acrofobia – Quem não tem medo de altura? Prédios muito altos, roda-gigante, mirantes ou um salto de paraquedas intimidam qualquer pessoa. Porém, olhar pela janela de um prédio pode ser algo impossível para quem sofre dessa fobia. Até mesmo a simples tarefa de descer de uma escada pode provocar tontura e vertigem no paciente.
Glossofobia – Muitas pessoas sentem um frio na barriga e até um nervosismo ao falarem em público. Principalmente, quando se trata de uma palestra ou apresentação que envolve uma grande audiência. Porém, são sentimentos passageiros e controláveis. Por outro lado, para o fóbico, essa situação pode representar aumento da pressão arterial, voz trêmula e dificuldade de concentração. A glossofobia é o medo de falar em púbico.
Hematofobia – Como o nome sugere, hematofobia é o medo irracional e exagerado de sangue, e tudo que envolve ele: agulhas, cortes, exames, etc. Em alguns casos, até mesmo hospitais, clínicas ou uma simples cadeira de dentista podem ser um difíceis de serem frequentados pelo fóbico.
Tanatofobia – Todo ser humano tem medo da morte, concorda? Só que, para quem sofre de tanatofobia, ir a um funeral, por exemplo, é algo impensável. Normalmente, a pessoa sofre com tudo que está relacionado ao assunto, como caixão, doenças, dor, etc.
Aerofobia – Não é muito difícil encontrar um passageiro de avião rezando, de olhos fechados ou fortemente agarrado à poltrona. A aerofobia leva uma pessoa a crer que o avião vai cair e, por isso, ela sofre durante todo o trajeto. Aliás, o medo já começa com bastante antecedência. Normalmente, a pessoa já apresenta sintomas típicos da fobia dias antes do embarque.
Fobias menos comuns
– tripofobia, ou então, medo de buracos;
– coulrofobia, ou seja, medo de palhaços;
– hidrofobia, que é o pavor de água;
– eclesiofobia, o medo de igrejas;
– heliofobia, medo do sol;
– afefobia, são pessoas que não gostam de ser tocadas;
– decidofobia, o medo de tomar decisões.
Tratamento
– terapia cognitivo-comportamental, que é uma forma de psicoterapia. O objetivo é entender, encontrar as causas e fazer uma espécie de correção das formas distorcidas de pensamentos e emoções referentes ao medo;
– hipnoterapia, uma técnica terapêutica que se utiliza da hipnose para descobrir a origem do medo, e levar o paciente a reviver o trauma por meio do transe. Dessa forma, é possível trabalhar as reações e minimizar os efeitos do que antes causava pavor;
– medicamentos, ou seja, utilização de drogas capazes de controlar os sintomas físicos. Podem ser utilizados como complementos para outros tipos de tratamentos.
A SIAH destaca que todas as fobias, sem exceção, exigem tratamento. Dificilmente uma pessoa conseguirá se recuperar sozinha.
Redação Vida & Tal
Fonte: Sociedade Interamericana de Hipnose (SIAH).