Na correria desenfreada do dia a dia, principalmente nas grandes capitais como São Paulo, tornou-se comum sentir o coração acelerado, as mãos suando, o receio do inesperado e, por vezes, um medo incontrolável. Esses sintomas traduzem com frequência a ansiedade – de acordo com o último grande mapeamento global de transtornos mentais, realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil possui a população com mais ansiosos no mundo. Para ajudar a reduzir essa estatística, atualmente, costurar tem sido um refúgio de relaxamento para muitas pessoas.
É o que mostra uma pesquisa realizada pela empreendedora Amanda Ansaldo, que está à frente da empresa “Passo a Passo Criativo” e da “Escola de Costura Amanda Ansaldo”. Ensinando dicas de costura e passo a passos de artesanatos práticos e versáteis com tecido, Amanda acumula hoje mais de 660 mil seguidores no Instagram e mais de 353 mil inscritos em seu canal do Youtube. De acordo com os dados apurados em sua rede social, 28,7% das pessoas que a acompanham fazem da costura uma atividade terapêutica.
“Trata-se de uma atividade terapêutica, porque, ao costurar, conseguimos praticar a atenção plena, o foco. É possível se desligar dos problemas externos, já que é preciso decidir os materiais que usará, a combinação das estampas de tecido e focar propriamente na costura para criar a peça. É uma atividade que não é possível trabalhar no automático”, ressalta Amanda, que ainda completa – “pegar um tecido do zero e transformá-lo em uma peça útil é um processo de transformação do nosso mental e da nossa criatividade para criar algo palpável”.
O poder do feito à mão
Não é à toa que cada vez mais pessoas busquem na costura um alívio para a alma. Costurar vai muito além de unir tecidos. Costurar une sentimentos, amor, afeto, sonhos e percepções. No sobe e desce da agulha, é possível formar uma colcha de retalhos emocional, costurando mágoas, aparando sentimentos e buscando as melhores soluções para desfazer nós e problemas.
Além disso, fazer artesanato desenvolve a coordenação motora e estimula a criatividade. É fato: quem faz artesanato mais de três vezes por semana sente-se mais tranquilo. Afinal, o trabalho manual contribui para o bem-estar e para uma melhor qualidade de vida.
“Costurar ainda ajuda no nosso humor e na nossa autoconfiança. Quando você consegue ‘desligar’ um pouco a sua mente dos problemas, fica mais fácil sorrir e praticar o bom humor. E como temos que tomar decisões em todo o processo da costura, a autoconfiança também é muito estimulada. São pequenas decisões que nos exercitam a tomar as grandes decisões quando precisamos no nosso dia a dia”, conclui Amanda.
Redação Vida & Tal